Quem Sou
Reinventar-me como mãe-mulher-artista, estar em cena e observar o fluxo da vida são minhas grandes paixões.
Mãe de duas meninas atentas, atriz, palhaça, dramaturga, educadora, editora artesã, entusiasta da percurssão corporal e ser brincante. Aquariana do século passado, fui morar em Ubatuba em 2016 após viver a vida toda em São Paulo. À beira mar criei as “edições bárbaras” para publicar textos e desenhos. Neste ano de 2019 estou itinerante, compartilhando a vida artística aos quatro ventos.
Estar entre pessoas é para mim o presente da vida e relacionar-me artisticamente é meu “modus operandi”.
Atriz (DRT 14.474), graduada em Letras-Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (onde desenvolvi o projeto de Iniciação Científica Living Drama in the Classroom) e mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo com a dissertação: Nora e Capitu: Encontros e Desencontros.
Caminhando lado a lado com a vida acadêmica, estavam os sonhos artísticos itinerantes cultivados desde menina.
A trajetória de estudos da máscara iniciou no final da década de 90, quando fui para Londres estudar máscara neutra com Philippe Gaulier. Ao retornar para São Paulo, conheci o trabalho de Cristiane Paoli Quito e permani, durante os anos de 2002 e 2003, pesquisando Clown.
Ali nasceu Barbarina, a palhaça, que em Ubatuba foi rebatizada Barbarina Purpurinna di Serpentinna e ganhou novos contornos. Se tornou uma palhaça que busca a troca de olhares verdadeiros e calorosos, e que quer comunicar, com palavras, silêncios, movimentos e sons, suas descobertas, o novo, o inusitado, e também o cotidiano – que pode ser simples, ou não, quem sabe?
Trajetória
Paralelamente aos estudos da menor máscara, estava engajada no movimento de Teatro de Grupo fazendo parte do núcleo artístico do Grupo Teatro de Narradores (Contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo nos projetos teatrais Circuito Leste (2003-2004), Odisséia Paulistana (2004-2006) e Teatro em Transe (2008). Entre os diversos treinamentos do grupo, mantive a paixão pela máscara, em particular nos estudos com Bete Dorgan.
Em 2009 encerrei o ciclo atriz de grupo para iniciar estudos solos em dramaturgia. Fiz parte, entre 2009-2010, da II turma do Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council e participei de oficinas com Roxana Silbert e Tessa Walker (Paines Plough Theatre Company), Jorge Louraço Figueira, Marici Salomão e Marne Lúcio Guedes. Nos últimos meses de 2011 participei do Laboratório de vivência literária conduzido por Luiz Ruffato na Cia. do Feijão.
Ao lado do palco havia o espaço para a educadora. Trabalhei como artista-orientadora de teatro do Projeto Vocacional da Prefeitura de São Paulo no CEU Butantã (2007 a 2009), assistente de direção do Núcleo de Dramaturgia da Escola Viva de Guarulhos (2008), diretora do Teen Festival e do Drama Festival da Cultura Inglesa (2004 a 2007), professora de palhaço na escola Recriarte e professora do curso “Living Drama: O Inglês em Cena” na PUC-COGEAE (2002 a 2006).
Em 2010 o ciclo da maternidade foi aberto e com ele novos inícios desabrocharam. Trabalhei como professora de Performing Arts propondo um currículo na fronteira das linguagens artísticas para o Ensino Fundamental II na escola Stance Dual (2010 a 2015) e como artista-educadora de artes integradas para adolescentes no Grão do Centro da Terra (2013-2015).
A partir de 2012, voltei aos estudos e participei de vários cursos livres e oficinas, entre eles: percussão Corporal com Fernando Barbara (Barbatuques), Método Bertazzo de Reeducação do Movimento, Oficina do Mestre – Do Ordinário ao Extraordinário com Norman Taylor e “Commédia Dell’Arte Brasileira” com Tiche Vianna.
Ao me mudar para Ubatuba, em 2016, senti a vida artística pulsar novamente e criei, em 2017, com artistas em Ubatuba o coletivo Balaiubá, apresentando meu texto “Descarte” e narrando histórias. O coletivo durou o tempo que durou e a escolha por criações solos começou a florescer. A palhaçaria voltou a ocupar minha vida artística quando fui convidada para ser Mestre de Cerimônias na abertura do Circo Celeste da ONG Gaiato onde trabalhava dando aulas de inglês.
Desde que pisei no palco a força da menor máscara levou a criação de intervenções, do bloco de carnaval “Ubamirim” e do drama mais dramático “Que Luz!”.
Paralelamente deu asas à parcerias, viajando ao lado do “UM, DOIS, TRÊS Coletivo Teatral”, com o espetáculo infantil “Um amor de passarinho” (circulação PROAC) no final de 2018 e início de 2019.